Agressividade, inteligência e tranquilidade. Foram com esses ingredientes que o Brasil conquistou o terceiro título mundial com o placar de 3 sets a 0 sobre Cuba. Bruninho e Leandro Vissotto comandaram a seleção para as parciais de 25/22, 25/14 e 25/22. O levantador esqueceu as dores da contusão do sábado e teve uma atuação precisa. Vissotto brilhou novamente e foi o maior pontuador da partida.
O Brasil abriu o jogo com todos os fundamentos funcionando, o início foi avassalador, com pontos de bloqueio, ataque e, principalmente, de saque. As bolas agressivas dificultavam a recepção cubana e não chegavam redondas para Leon e Hernandez. As estrelas do rival se esforçavam para achar espaço para pontuar, mas o saque, no entanto, não foi o mesmo dos jogos anteriores. Sempre à frente do placar, o Brasil tirou o oposto Théo do banco para finalizar o set em 25/22.
No segundo set, a história se repetiu, com o placar inicial de 4 a 0. Com o saque fraco e passes irregulares, Cuba ficou apática durante a parcial, enquanto Vissotto aproveitava para esticar o placar, explorando a inconstância do jogo adversário. O técnico Orlando Samuels até tentou acordar sua equipe, mas sua expressão abatida era o resumo da atuação de seu time.
Em uma bola rápida pela direita, o oposto brasileiro finalizou o segundo set em 25/14. Em menos de uma hora de partida, o placar apontava 2 sets a 0 para o time verde-amarelo e indicava Vissotto como maior pontuador, convertendo 10 pontos até o momento.
Orlando abriu o terceiro set colocando Leon como oposto. O craque cubano passou a jogar sem se preocupar com a recepção, focando a atenção nas bolas de segurança para tentar uma reação e deu resultado, iniciando com 4 a 2. Quando o Brasil virou o placar para 6 a 5, Murilo sentiu o tornozelo esquerdo após o bloqueio, mas continuou na disputa.
O jogo ficou mais equilibrado e o time de Bernardinho sentiu o crescimento dos rivais, deixando claro o nervosismo, sem conseguir ampliar o placar. Após a parada técnica e dois erros seguidos de Leon, Cuba sentiu o peso do placar e o Brasil soube aproveitar o momento. O Brasil precisou de três chances para confirmar o placar em 25/22.
Com confiança e um jogo técnico, os comandados de Bernardinho conseguiram transformar a final que tinha tudo para ser dificílima em uma apresentação tranquila para a conquista do tricampeonato mundial. Vissotto, com o título, iguala o feito de Nalbert e é campeão mundial nas três categorias: infanto-juvenil, juvenil e adulto.
Além de Bernardinho, Giba, Dante e Rodrigão são os únicos que estiveram presentes nas conquistas anteriores de 2002 e 2006. O Brasil agora também iguala os títulos da Itália, que venceu em 90, 94 e 98. "O Brasil jogou com lucidez contra uma equipe jovem que vivia pela primeira vez essa situação", resumiu o técnico Bernardinho.
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